sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Chauvet
Caverna que já foi luz

Meio mágico (e muito poderoso) este mergulho numa caverna que já foi banhada por luz, em que homens desenhavam nas paredes. O tom narrativo de Herzog é um pouco repetitivo (e moralista), mas o seu documentário A Gruta dos Sonhos Perdidos (Cave of forgotten dreams) é uma oportunidade única para observar as mais antigas pinturas rupestres encontradas até hoje. Grutas Chauvet. O ideal seria ir lá, mas parece que o acesso só é permitido a investigadores pelo que é único o momento em que podemos observar o traço e expressão dos leões, mamutes, ursos... Se as imagens de Lascaux sempre me surpreenderam pela cor e expressividade de traço, aqui as imagens têm volume e movimento. Surpreeendente, mesmo. Há ali uma fronteira: de humanidade que nasce, de deus que toca. Como quisermos dizer. Mas uma marca muito forte de um ultrapassar de uma mera sobrevivência para uma vital necessidade de expressão.

Filme/ documentário
Título: A Gruta dos Sonhos Perdidos
Realizador: Werner Herzog

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