Lá em casa sempre foi proibido tocar na máquina de costura. Lembro-me de observar a agulha e imaginar o dedo cosido a linha. Este verão a máquina ali estava, ao acesso, agora sem barreiras - apenas as da memória. Enfiar a linha, encher a canela, acertar pontos largos e estreitos, debruar. O espaço da Rosa Pomar é um mimo, entre tecidos e lãs parece que subimos (fica num segundo andar de inclinadas escadas de madeira) até um outro pequeno mundo - em que o fazer (com as próprias mãos) é ainda o mais importante.
(Fiz uma almofadinha de alfinetes, é claro que o T. lhe descobriu outra utilidade - tornou-se a almofada para a sesta da tartaruga-amélia...)
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